sábado, 7 de abril de 2012

O QUE É DEFICIÊNCIA MENTAL?

Artigo - O que é deficiência mental
A deficiência intelectual ou mental é conhecida por problemas com origem no cérebro e que causam baixa produção de conhecimento, dificuldade de aprendizagem e um baixo nível intelectual. Entre as causas mais comuns deste transtorno estão os fatores de ordem genética, as complicações ocorridas ao longo da gestação ou durante o parto e as pós-natais. O grande enigma que se coloca diante dos pesquisadores é como detectar ainda na vida dentro do útero estas características.
Embora seja possível identificar a maior parte dos casos de deficiência mental na infância, infelizmente este distúrbio só é percebido em muitas crianças quando elas começam a freqüentar a escola. Isso acontece porque esta patologia é encontrada em vários graus, desde os mais leves, passando pelos moderados, até os mais graves. Nos casos mais sutis, os testes de inteligência direcionados para os pequenos não são nada confiáveis, torna-se então difícil detectar esse problema. Nos centros educacionais as exigências intelectuais aumentam e aí a deficiência mental torna-se mais explícita.
Um mito em torno da Deficiência Mental, e isso influi no diagnóstico, é acreditar que a criança com este problema tem a aparência física diferente das outras. Como foi dito acima, as de grau mais leve não aparentam ser deficientes, assim não se deve esperar encontrar este sinal clínico para caracterizar a pessoa com necessidades especiais. Pode-se encontrar uma exceção nos que acusam um distúrbio mais grave e severo, assim como na Síndrome de Down, que apresentam em comum fisionomias semelhantes.
Como a deficiência mental está entre as síndromes consideradas anormais, é importante definir o que é normal para os especialistas, quais referências eles adotam para estabelecer se uma criança possuiu alguma deficiência. O fator mais associado à idéia de normalidade é a capacidade da criança de se adequar ao objeto ou ao seu universo. Mas geralmente este distúrbio psíquico é considerado como uma condição relativa da mente, comparada com as outras pessoas de uma mesma sociedade.
O tratamento deve incluir o acompanhamento simultâneo do médico, do fisioterapeuta, da terapia ocupacional, do fonoaudiólogo, do psicólogo, do pedagogo, entre outros. Assim, é possível amenizar as conseqüências deste problema. O diagnóstico precoce também é fundamental para oferecer à criança uma melhor qualidade de vida e resultados mais eficientes – estas técnicas de detecção prematura, realizadas por vários profissionais ligados aos campos da reabilitação e da puericultura, ramo da medicina que ensina a criar e a desenvolver moral e fisicamente as crianças, são conhecidas como Avaliação do Desenvolvimento e Estimulação Precoce.
Como a criança tem suas funções intelectuais comprometidas, ela pode também ter dificuldades em seu desenvolvimento e no seu comportamento, principalmente no aspecto da adequação ao contexto a que pertence, mas igualmente nas esferas da comunicação, do cuidado consigo mesma, dos talentos sociais, da interação familiar, da saúde, na segurança, no desempenho acadêmico, no lazer e no campo profissional. A deficiência intelectual manifesta-se no paciente sempre no estágio anterior aos dezoito anos de idade. Assim fica claro que, ao contrário da Demência, a Deficiência Mental se caracteriza pelos transtornos no desenvolvimento, não por degenerações cognitivas.
É importante não confundir Deficiência Mental ou Intelectual com Doença Mental. A pessoa com necessidades especiais mantém a percepção de si mesmo e da realidade que a cerca, sendo capaz de tomar decisões importantes sobre sua vida. Já o doente mental tem seu discernimento comprometido, caracterizando um estado da mente completamente diferente da deficiência mental, embora 20 a 30% dos deficientes manifestem algum tipo de ligação com qualquer espécie de doença mental, tais como a síndrome do pânico, depressão, esquizofrenia, entre outras. As doenças mentais atingem o comportamento das pessoas, pois lesam outras áreas cerebrais, não a inteligência, mas o poder de concentração e o humor.
Texto de Ana Lucia Santana, adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis.
Fonte: http://www.infoescola.com/psicologia/deficiencia-mental/
Artigo - Mitos e verdades sobre deficiência mental/intelectual
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são doentes.
A verdade: a deficiência intelectual pode ser conseqüência de uma doença, mas ela não é uma doença; é uma “condição”. Nunca se deve usar expressões como: “doentinho”, “bobinho”, “criancinha” quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. É importante também ressaltar que a deficiência intelectual não é uma doença mental.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são muito, ou totalmente dependentes.
A verdade: a pessoa com deficiência intelectual habilitada para o trabalho, geralmente, já freqüentou uma escola regular e/ou instituição especializada que a preparou para ser o mais independente possível. Portanto, em um ambiente corporativo, ela deve fazer sozinha tudo o que puder, e ser ajudada, somente se for realmente necessário. Não se pode subestimar nem superestimar a capacidade dessa pessoa, porque suas habilidades não estão vinculadas, exclusivamente, às suas limitações. Existem pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, que são muito independentes, estudam, trabalham, andam sozinhas pelas ruas, se casam, tem vida sexual ativa, e ajudam a família. Existem também muitas pessoas com deficiência intelectual que vão e voltam do trabalho com total independência, além de terem autonomia para decidirem sobre sua carreira dentro de uma empresa.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual necessitam de super-proteção.
A verdade: Não. Impedi-las de experimentar a vida é negar sua possibilidade de alcançar níveis cada vez maiores de independência e de autonomia.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são mais carinhosas e dóceis.
A verdade: as pessoas com deficiência intelectual são, em geral, bem dispostas, carinhosas e gostam de se comunicar. Mas, não são MAIS ou MENOS. São apenas pessoas que podem ou não ter essas características.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são mais agressivas e/ou muito carinhosas (“grudentas”).
A verdade: a agressividade é uma forma da pessoa administrar sua convivência na realidade, desenvolvida no período de sua história de vida. Não está associada a qualquer deficiência e pode ser característica de qualquer pessoa, tendo ou não uma deficiência. As pessoas com deficiência intelectual podem ou não ser muito carinhosas, como uma pessoa sem deficiência. Os comportamentos podem ser alterados de acordo com a necessidade de um grupo de pessoas, portanto, explicar ao novo funcionário com deficiência intelectual, caso seja necessário, que naquele ambiente de trabalho ele deve agir de determinada forma, é fundamental para um bom relacionamento com essa pessoa.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são como crianças.
A verdade: uma pessoa com deficiência intelectual é uma pessoa com qualidades e defeitos. Quando criança deve ser tratada como a criança que é. Quando adolescente, ou adulto, deve-se tratá-la de acordo com sua faixa etária. A capacidade de interagir em sociedade, e conseqüentemente, no ambiente de trabalho deve ser avaliada hoje de acordo com os critérios da CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade - que equilibra fatores clínicos, comportamentais e sociais.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são “muito” inteligentes.
A verdade: muitas pessoas esperam menos da pessoa com deficiência, especialmente, a pessoa com deficiência intelectual. Assim, quando constatam nela capacidades e produtividade, é comum dizerem “são muito inteligentes!” Na verdade, super-avaliar a inteligência da pessoa é tão discriminatório quando sub-avaliá-la. A pessoa com deficiência intelectual pode vir a apresentar dificuldade para aprender, especialmente quando se trata de conteúdos e conceitos abstratos, ou que dela exigem maior memorização. Seu ritmo de aprendizagem também pode vir a ser menor. Porém, o mais importante a se saber é que para cada característica identificada, há uma forma para compensar a limitação e promover sua produtividade e funcionamento.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual só têm “condições mentais” de trabalhar em oficinas abrigadas, dentro de instituições especializadas.
A verdade: existem sim, pessoas com deficiência intelectual que devido aos seus comprometimentos e limitações se desenvolvem melhor trabalhando em instituições especializadas, mas isso, não tira o total direito delas participarem de processos de seleção, junto aos seus familiares e/ou profissionais especializados (conscientizados do processo de inclusão) – caso seja necessário – com o objetivo de verificar seus potenciais para determinadas funções. Trabalhar em sociedade, no ambiente de uma abriga, loja, ou escritório, por exemplo, é extremamente enriquecedor para todos. As pessoas com deficiência intelectual irão, finalmente, conquistar uma oportunidade de mostrar o quanto são capazes, e muitas vezes não puderam compartilhar suas habilidades com as que não têm deficiência. E as pessoas sem deficiência têm a grande oportunidade de conviver com personalidades, habilidades, e potenciais diferentes dos quais estão acostumadas, pois a sociedade sempre marginalizou e segregou as pessoas com deficiência intelectual. Ninguém pode julgar uma experiência sem nunca ter realmente experimentado! Antes de dizer que um funcionário com deficiência intelectual não tem condições de exercer determinada tarefa é preciso realizar um teste, assim como são avaliados (além do período de experiência de 3 meses, segundo a CLT) outros candidatos sem deficiência quando vão concorrer a uma vaga de emprego.
Fonte: Instituto MID
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis.
Artigo - Como entender e respeitar a pessoa deficiente
Os 12 Preceitos que levam à mudança de Paradigmas no Século XXI
1. Lembre-se de que as pessoas com deficiência são indivíduos próprios. Elas não pertencem a você, à família, aos médicos ou à sociedade.
2. Cada pessoa com deficiência é diferente das outras e que, independente do rótulo que lhe seja imposto para a conveniência de outras pessoas, ela ainda assim é uma pessoa "única". Não existem duas crianças com síndrome de Down que sejam iguais, ou dois adultos com deficiência auditiva que respondam ou reajam da mesma forma.
3. Elas são pessoas antes de tudo e têm o mesmo direito à auto-realização que quaisquer outras pessoas, no seu ritmo próprio, à sua maneira e por seus próprios meios. Somente elas podem superar suas dificuldades e encontrar a si mesmas.
4. As pessoas com deficiência têm a mesma necessidade que você de amar e ser amado, de aprender, partilhar, crescer e experimentar, no mesmo mundo em que você vive. Elas não têm um mundo separado. Existe apenas um mundo.
5. As pessoas com deficiência têm o mesmo direito que você de fraquejar, falhar, sofrer, desacreditar, chorar, proferir impropérios, se desesperar. Protegê-las dessas experiências é evitar que vivam.
6. Somente as pessoas com deficiência podem lhe dizer o que é possível para elas. Nós, que as amamos, devemos ser observadores atentos e sintonizados.
7. As pessoas com deficiência devem agir por conta própria. Podemos oferecer-lhes alternativas, possibilidades e instrumentos necessários - mas somente elas podem colocá-los em ação. Nós podemos apenas permanecer firmes, e estar presentes para reforçar, encorajar, ter esperanças e ajudar quando possível.
8. As pessoas com deficiência, assim como nós, estão preparadas para viver como desejarem. Elas também devem decidir se desejam viver em paz, com amor e alegria, como são e com o que têm, ou deixar-se ficar numa apatia lacrimosa, esperando a morte.
9. As pessoas com deficiência, independente do grau, têm um potencial ilimitado para se tornar não o que nós queremos que sejam, mas o que elas desejam ser.
10. As pessoas com deficiência devem encontrar sua própria maneira de fazer as coisas – impor-lhes nossos padrões (ou os da cultura) é irreal e até mesmo destrutivo. Existem muitas maneiras de se amarrar os sapatos, beber em um copo, chegar até o ponto do ônibus. Há muitas formas de se aprender e se adaptar. Elas devem encontrar a forma que melhor se lhes ajuste.
11. As pessoas com deficiência também precisam do mundo e das outras pessoas para que possam aprender. O aprendizado não acontece apenas no ambiente protetor do lar ou em uma sala de aula, como muitas pessoas acreditam. O mundo é uma escola, e todas as pessoas são professores. Não existem experiências insignificantes. Nosso trabalho é agir como seres humanos afetuosos, com curativos emocionais sempre prontos para uma possível queda, mas com novos mapas à mão para novas aventuras!
12. Lembre-se de que todas as pessoas com deficiência têm direito à honestidade em relação a si mesmas, a você e a sua condição. Ser desonesto com elas é o pior serviço que alguém pode lhes prestar. A honestidade constitui a única base sólida sobre a qual qualquer tipo de crescimento pode ocorrer. E, acima de tudo, lembre-se de que elas necessitam do que há de melhor em você. A fim de que possam ser elas mesmas e que possam crescer, libertar-se, aprender, modificar-se, desenvolver-se e experimentar, você deve ter essas capacidades. Você só pode ensinar aquilo que sabe. Se você é aberto ao crescimento, ao aprendizado, às mudanças, ao desenvolvimento e às novas experiências, permitirá que elas também o sejam.
Declaração de Manágua
"Queremos uma sociedade baseada na igualdade, na justiça, na equiparação e na interdependência, que assegure uma melhor qualidade de vida para todos, sem discriminação de nenhum tipo, que reconheça e aceite a diversidade como fundamento para a convivência social. Uma sociedade onde o primeiro direito seja a condição de pessoa, de todos os seus integrantes, que garanta sua dignidade, seus direitos humanos, sua autodeterminação, sua contribuição à vida comunitária e seu pleno acesso aos bens sociais.
Fonte: Bengala Legal Leo Buscaglia, educador ítalo-americano.
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis
Artigo - Educação: programas naturais e funcionais para pessoas com deficiência mental
Um dos grandes questionamentos dos programas educacionais para pessoas com deficiência mental refere-se a quais conteúdos, como conduzir uma aprendizagem significativa e como iniciar ou eleger conteúdos apropriados e necessários sem que estes não se esvaziem durante seu processo ou que caiam no esquecimento destes alunos?
Como promover estratégias funcionais que desenvolvam habilidades necessárias nas áreas de vida individual e social que permitam uma efetiva inclusão social independente de sua condição atual?
Pessoas com sérios problemas de desenvolvimento precisam de informações práticas e naturais que favoreçam a aquisição de habilidades comuns inerentes ao seu bem estar físico, emocional e que possibilitem uma vivência o mais independente possível. Conteúdos acadêmicos desvinculados da necessidade real e individual do aluno perdem-se no tempo e em conseqüência não são assimilados durante seu processo.
A aprendizagem está intimamente ligada a vivência onde o consenso deve estar presente no dia-a-dia do aluno e para tanto os conteúdos escolares devem trabalhar numa situação próxima do real em ambientes democráticos e naturais onde simultaneamente o aprender e o fazer estejam intimamente ligados.
Ao referirmo-nos ao desenvolvimento natural e a eficiência social, dizemos que o objetivo de obedecer à natureza significa observar a origem, o crescimento, o declínio das preferências e interesses, as aptidões abrocham e desabrocham irregularmente. Pensar numa educação natural remete-nos ao princípio da normalização expressa nos fundamentos axiológicos (estudo do valor) da educação especial que se referem às condições de vida e a forma de viver. Corre-se o risco, na educação formal em propor conteúdos dissociados da vida do aluno, onde a educação tende a formular questões não pertinentes, principalmente àqueles com deficiência mental.
Pessoas com dificuldades relevantes de aprendizagem precisam adaptar-se ao convívio familiar e social para sentirem-se realizadas.
Pequenos hábitos diários, como trocar de roupas, escovar dentes ou tarefas simples caseiras podem ser ensinados de forma gradativa sistemática. O ato de escovar dentes exige o conhecimento de sua escova pessoal, como identificá-la entre as demais da família/ colegas, como pegá-la, espremer o tubo de pasta de dentes, como segurá-la ou, como utilizar a água para enxágüe da boca e assim por diante. Estas e outras atividades diárias devem ser apresentadas e realizadas em ambientes naturais quantas vezes forem necessárias para uma assimilação efetiva, bem como para a internalização da necessidade atual até torna-se parte efetiva da rotina do aluno.
Enquanto crianças sem comprometimentos relevantes aprendem sem dificuldades pela observância dos atos, as que apresentam dificuldades de compreensão precisam de um ensino mais sistematizado e periódico. Precisam de elaboração de procedimentos, bem como de estratégias verbais, visuais e também de realização até ser internalizado a ponto de sua execução natural e espontânea. Desta forma quando a criança acordar já lembrará que há uma rotina a ser cumprida que se não for por uma consciência de higiene ou prevenção, esta tarefa é necessária para sua sobrevivência.
Não se se pretende dizer que a conscientização de valores, como vantagens e necessidades de higiene não deva ser repassada aos alunos ditos “especiais”, mas que juntamente com a consciência esteja o ato e sua necessidade de execução, isto porque conforme enfatizado no início, o tempo cronológico é desfavorável a estas pessoas, isto a exemplo de adultos que chegam aos trinta ou mais anos de idade e ainda não dominam habilidades básicas para seu bem estar físico e conseqüentemente emocional.
Não há dúvida que o aluno aprende mais se os conteúdos estão ligados intimamente a um problema de seu cotidiano. A motivação para o aprendizado depende da objetividade dos elementos focados nos programas escolares e de acordo com sua faixa etária e seus interesses sócios emocionais, bem como com os procedimentos adotados para o ensino.
Os programas operacionais buscam um currículo funcional para aquisição de habilidades que devem obedecer criteriosamente às seguintes questões:
• Quais conteúdos são urgentes e necessários para aquisição de habilidades imediatas destes alunos?
• Quais habilidades devem ser buscadas a médio e longo prazo que atendam suas necessidades de vida diária?
• Quais habilidades deverá conquistar para tornar-se o mais independente e produtivo em sua vida futura?
Estas questões devem considerar sempre o aluno em harmonia consigo mesmo, com a família e instituição que o abriga, portanto aluno X família X escola, não podem trabalhar isoladamente, objetivos comuns e formas de ensinar devem caminhar em equilíbrio.
Considerando que pessoas com defasagens expressivas de comunicação e assimilação mostram dificuldades em abstrair ou elaborar problemas-situações, esses procedimentos que se baseiam em atividades com diferentes graus de abstração que visem conceitos “superiores”, necessitando portanto, um trabalho sistemático e natural sobre o objeto a ser aprendido.
Registre-se que a eficácia da assimilação de conceitos está ligada intimamente aos procedimentos de ensino e a seleção de conteúdos significativos voltados às suas necessidades imediatas, o que requer por parte do educador um estudo minucioso do aluno no sentido de diagnosticar o ponto de partida, as bases de apoio para os novos conhecimentos, isto quer dizer que o retrato da realidade é imprescindível para uma efetiva aquisição.
Tempo dispensado para o ensino
Pessoas com dificuldades de aprendizagem necessitam de tempo flexível. Conteúdos com prazos fixos tendem aniquilar-se durante seu processo. O reforçamento torna viável a impostação destes através de estratégias práticas e interessantes, tanto no ambiente escolar como em outro contexto favorável, tais como na casa do aluno e/ou ambientes sócio-comunitário (mercado, lanchonete, açougue, cinema, clube....)
A operacionalidade de um currículo oportuno dever ter como referência o próprio aluno que além de, como já dito, deve observar tanto sua idade cronológica, como também buscar em seu cotidiano as habilidades necessárias de condutas para interagir em diferentes ambientes e situações.
Os programas naturais e operacionais têm a ver com a funcionalidade natural do ensino. Os fatos reais e a vivência domiciliar do aluno são elementos imprescindíveis para a seleção de conteúdos a serem trabalhados na escola. Os procedimentos de ensino devem buscar a reprodução do dia-a-dia do aluno. Subestimamos a capacidade de aceitação de nossos alunos quando trabalhamos fatos isolados e sem aplicação diária. Assim como, acadêmicos de outros níveis de ensino buscam a funcionalidade do aprendizado, alunos com dificuldades específicas de aprendizagem desejam aprender o que realmente possam ter significado imediato.
Fonte: Malha Atlantica.pt Marileni Ortencio de Abreu Passos
Mestranda em Ciências da Educação
Texto adaptado para publicação no site do Instituto Indianópolis

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