domingo, 16 de junho de 2013

A VIDA SECRETA DA CRIANÇA COM DISLEXIA







A VIDA SECRETA DA CRIANÇA COM DISLEXIA
Como ela pensa. Como ela se sente. Como eles podem ser bem-sucedidos.
Portador de dislexia, o autor, Robert Frank conta que sua dislexia não foi diagnosticada até a faculdade.
Hoje, casado e pai de dois filhos, argumenta que a criança com dislexia muitas vezes é confundida com uma criança pouco inteligente, preguiçosa e que finge não entender.
Segundo o autor, em “A Vida Secreta da Criança com Dislexia”, os pais finalmente vão descobrir pelo que os filhos passam todos os dias.
 
Sobre o autor
Robert Frank, Ph.D., é psicólogo educacional, terapeuta familiar e professor-assistente em Oakton Community College, em Des Plaines, Illinois. Sua dislexia não foi diagnosticada até a faculdade. Ele é casado e pai de dois filhos.

Então, como diagnosticar a dislexia?
Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
 
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso. A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR. 

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...
POR QUE, SOMOS DIS!!!

     Saiba que entendo muito bem, quando você fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate aonde cheguei... ´´e horrível para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Não sei se mostro que sou disléxica ou não para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vocês me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é disléxica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é! Não seja preconceituosa com você mesma, como eu fui, por pura falta de conhecimento, coisa que você já tem.
e o mais importante... tem a consciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exercer seus direitos e cumprir seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.
    Como você sabe, também sou disléxica, mas só tive consciência do que estava acontecendo comigo, depois que... já tinha meu emocional todo comprometido.
       E mesmo assim , tive que passar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo... só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
      Vivi toda minha vida com medo, e com vergonha , quando alguém percebia meus erros ortográficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo em que outra pessoa falava, não conseguia anotar as informações.
      Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!
    Até que minha mente e meu corpo, não suportou o estresse! E tudo ficou incontrolável, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade, altíssimo.
    Foi quando, fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia... os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
    O psiquiatra, depressão e ansiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicóloga, hiperatividade causada por meu comportamento obsessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estresse, elevado, seria necessário procurar alternativas de relaxamento, e medicação. Fiz hidroterapia, acupuntura, RPG, caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicólogos, participei de programas para levantar minha autoestima. Mais nada adiantava... tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonoaudióloga. Labirintite, refluxo, que foram tratados por médicos da área, especialistas.
    Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou o oftalmologista, pediu um exame para descartar, adivinha o que?
   Esclerose múltipla... ai na ressonância deu positivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!
      Pensa que acabou por ai? Não! Tudo só estava recomeçando...
     Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, era ponto de hora! Para mim! Fiquei de licença do trabalho, para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolescência. Eu estava completamente perdida! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas, chorava muito, comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades, já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!
     Mas, como uma boa disléxica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do TCC, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim incomodava, os erros ortográficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um disléxico adulto! O chão se abriu e o céu também... e as coisas foram tendo sentido, minha vida estava fazendo sentido. Eu estava diante, de uma explicação para a minha total "burrice"! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergonhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que era a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!
   Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todas as minhas angustias, sem fundamento, por que, agora haveria uma razão. Senti meu espírito leve, despreocupado, pensei, agora não vou mais ter que mentir, tem que revelar o meu maior segredo, e só através desta revelação serei liberta do medo, da vergonha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu era!
    Bem, caros colegas, as coisas não foram, e não são tão fáceis deste jeito que pensei... todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilíbrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar, para me, como se eu estivesse, louca... e se perguntavam!!???
    E questionavam como eu tinha dislexia e tinha chegado aonde cheguei sem ajuda? Como eu saberia ler e escrever? Por que, e como poderia ter escondido isto? Bem, a resposta para estas perguntas, só eu e Deus sabemos o que tive que fazer, e tive que reunir forças, buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até São Paulo, o único lugar, onde teria profissionais seguramente competentes para fazer o diagnostico, por que todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
    E neste exato momento, luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferença fundamental, hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz.
    Imagina ser... professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades... claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos... sim!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.
     Mas o que mais importa é que decidi ir á luta, por mim e por nós!

    Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura... devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abração!
Elizabete Aguiar.
Perfil profissional:
Prof.ª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.

Material enviado por Leony Lopes - SAEDE da EEB Lara Ribas

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