Avaliação,
recuperação, aprovação
Não há como negar a
angústia do professor no final do ano quando sabe que vai ter que reprovar
alguns alunos, ou vai ter que aprovar pela “promoção continuada”, sabendo que
não aprenderam tudo que deveriam. Uma análise sobre ações já conhecidas, neste
momento, pode abrir possibilidades.
Retornando a questão da
“avaliação” é bom lembrar novamente a possibilidade que ela traz de ser
referência para “recuperação” para os que não aprenderam.
E outro ponto a ser
relembrado em relação ás provas, como ferramenta avaliativa: "Não é
possível ser construtivista na hora de ensinar e tradicional na hora de
avaliar”, esse ponto a ser repensado pode diminuir o número de alunos da lista dos
antecipadamente reprovados.
Dicas para se trabalhar
com os alunos que ainda não aprenderam
Os
alunos já foram avaliados pelo professor. Uma auto-avaliação, individual ou em
grupo, oral e/ou escrita pelos próprios alunos sobre suas dificuldades vai apontar,
exatamente, “os que ainda não aprenderam”, que será o ponto de partida de novas
ações.
Em um clima de
descontração, em que premiação ou punição fiquem claramente excluídas e o
verdadeiro objetivo seja claro: “ninguém aqui quer ser reprovado, então vamos
ver o que está faltando, certo?” E realize a auto avaliação de acordo com a
facilidade ou dificuldade de cada um em se expressar sinceramente. Anote tudo:
alunos e pontos a serem trabalhados. E analise bem os resultados, pois as
condições de ajudá-los serão maiores.
Trabalhar dificuldades
em grupos:
Envolva toda a
turma. Forme 4 grupos: um grupo dos que só precisam avançar mais, e 4 grupos
que tem grupodificuldades semelhantes. Deixe que escolham entre si as
formações, por afinidades, os resultados serão maiores. Retome o conteúdo de
forma diferente, use as diversas técnicas de trabalho em grupo: recursos
áudios-visuais, revistas, jornais, trabalhe escrita, oralidade, expressões
matemáticas e expressão artística, e apresentações á toda a sala (o tema deverá
ser o mesmo). E deixe claro qual o objeto e o resultado que espera no final.
Distribuindo
atribuições dentro dos grupos: Duplas: o que aprendeu melhor com o que não
aprendeu, ou aprendeu em parte, as dúvidas deste, leva o outro á avançar mais. Subgrupos:
com a finalidade organizativa, de acordo com as necessidades específicas,
sempre com um participante que lidera e tem mais domínio. Individuais: as
atribuições individuais dentro do grupo, provoca a autonomia e segurança com
mais chance duplade resultados.
Organização das
atividades para os grupos:
O primeiro grupo terá atividades mais complexas
(dentro do mesmo conteúdo. As
atividades de um grupo deverá ser dentro de uma sequencia. Nunca a mesma
atividade para todos os grupos. No momento da exposição, do resultado final,
que seja na ordem. Sendo que o grupo de atividades mais complexas fará o
fechamento.
Duração de 1 hora, sem
a necessidade de que seja todos os dias.
2- Remanejar os alunos
na sala da seguinte forma:
No fundo da sala – os
mais adiantados; no centro os que ainda necessitam de reforço, e na frente os
que tem mais dificuldades. Durante as atividades percorra a sala, questione a
maneira como estão realizando as atividades e permita que troquem idéias á esse
respeito um com outro. Intervenção no momento da dificuldade e a escuta dos
pares é uma receita que dá certo.
3- Reforço no horário
contrário ás aulas
Pode-se obter grandes
avanços com alunos que estão defasagem: por exemplo, alunos de 3º ano, séries
iniciais, pré-silábicos ou alfabéticos. Se o professor se dispuser a retornar
aos conteúdos não adquiridos das séries anteriores, vai ter alunos a menos na
reprovação. Comprovadamente as chances são grandes.
4- Tarefa prá casa.
Ajuda?
Ajuda como fixação de
conteúdo que foram revistos em sala e exercitados e se houver alguém que possa
tirar dúvidas, caso contrário, é tempo perdido. E quando se fala em casa, é
preciso lembrar que se a família inteirada da situação do aluno, da necessidade
de ajuda, não colaborar, a escola e o professor não obterão grande avanço com
estes alunos.
Há casos de famílias
que no final do ano querem a todo custo a recuperação do filho, pois não
aceitam a reprovação e se propõem a pagar um reforço, por outro profissional da
comunidade. Pode dar certo? Sim, se as dificuldades a serem trabalhadas forem
as reais necessidades do aluno. É comum um educador ser contratado para um
reforço e trabalhar atividades do livro da série cursada, quando se sabe que a
maior dificuldade do aluno que está preste a ser reprovado está em conteúdos
não dominados em séries anteriores. É recomendável que o professor deste
reforço entre em contato com o professor da escola que o aluno estuda.
A recuperação pode dar
certo?
Através de novas
avaliações e análises do trabalho realizado; as participações, o interesse do
aluno, dos resultados, se ele está seguro nas atividades: "É preciso
acompanhar o avanço de cada um de perto e registrar todos os passos",
recomenda Luckesi. E se ainda houver tempo torne a remanejar e no final vai
haver resultados, com certeza.
Veja também neste blog:
Recuperação, uma
ferramenta que dá certo?
http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com/2010/11/recuperacao-e-um-instrumento-pedagogico.html
Tudo o que o Professor
quer, é que seu aluno aprenda!
http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com/2011/01/tudo-que-o-professor-quer-e-que-seu.html
Fracasso Escolar -
Dificuldades de Aprendizagem
http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com/2010/09/dificuldades-de-aprendizagem-fracasso.html
Referências- Livros
Recomendados
BIBLIOGRAFIA
Avaliação da
Aprendizagem na Escola: Reelaborando Conceitos e Recriando a Prática, Cipriano
Luckesi
Da Avaliação dos
Saberes à Construção de Competências, Maria Celina Melchior
Por que Avaliar? Como
Avaliar? - Critérios e Instrumentos, Ilza Martins Santana, 136 págs., Ed. Vozes
Material enviado pela professora Leony Lopes - SAEDE Lara Ribas
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